Sem grandes novidades, Beauty Fair atualmente é uma feira para poucos
- foto e texto: Gisele Santos
- 12 de set. de 2017
- 2 min de leitura

A 13ª edição da Beauty Fair, de 09 a 12 de setembro de 2017, em São Paulo, pelo jeito foi a mais lotada e desorganizada dos últimos cinco anos. Filas para entrar são até normais, mas muita gente furava caminho e ninguém da equipe fazia nada para evitar esse transtorno. No sábado não tinha o mapa impresso do local nos balcões de entrada e a resposta dos funcionários era: “ainda não chegou”. Muita informação errada por parte dos colaboradores da feira e as pessoas aguardavam horas numa fila que não era a certa (para fazer credencial ou entrada ou se inscrever). Teve gente que ficou do lado de fora duas horas torrando no sol, pois as filas não andavam.
Já os estandes da maioria das marcas foram feitos especialmente para os influenciadores digitais. Muitas vezes era impossível se aproximar de alguma vitrine para conhecer os lançamentos, pois as gigantescas filas tumultuavam o em torno. Nesse ano ficou claro que a Beauty Fair não é mais uma feira para profissionais formados na área da beleza e sim apenas para digital influencers – muitos deles fakes (leia matéria do Meio e Mensagem) ou curiosos. Ouvi muitas pessoas reclamando sobre isso (maquiadores e cabeleireiros principalmente). Resumindo: a Beauty Fair atualmente é uma feira para poucos.
Os preços estavam os mesmos do mercado, nada de promoções boas no geral. Alguns lugares cobravam até valores acima da tabela. Mais uma frustração para os profissionais da beleza. Vários estandes contavam com equipe reduzida e funcionários lentos no caixa que geravam filas e mais filas para pagar. Fiquei 01h na fila da Vult e só tinha um rapaz no caixa, pois a outra moça foi almoçar e não existia ninguém pra substituir. Na Maybelline fiquei na fila pra pagar durante 50 minutos e apenas duas moças estavam no caixa. A NYX tinha fila de 40 minutos para entrar no estande, fila de 20 minutos pra comprar e mais uma fila de 40 minutos pra pagar. Em todas as filas eu ouvi as pessoas reclamando bastante e muitas repetiam a mesma coisa “essa feira é feita só para os digitais (os tais influenciadores) que ganham tudo de graça e a gente quer comprar e fica horas sofrendo na fila”.
O mais do mesmo reinou nos lançamentos, ou seja, sem grandes novidades: batons que só mudam embalagens e nomes, contornos, iluminadores, demaquilantes, pincéis, esponjas. Apenas alguns destaques: Vult pelo lançamento da base fluída, a Dailus com o mousse de limpeza facial, a Koloss pelo sérum, Makeup Free com o tecido limpa pincel, Klass Vough com a esponja macarón, a Top Beauty pelo gloss holográfico e a Hintz Cosmetics com cílios postiços das Garotas SuperPoderosas.
No próximo post mostrarei as fotos que fiz de todos os lançamentos que consegui acompanhar na Beauty Fair 2017.
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